Se tu não fosses de meu irmão,
Um buquê de lírios colhidos do coração
A ti ofertaria.;
Mas a agonia
Que me maltrata e devora
Minha mais doce e bela aurora,
Desfaz minha alma em prantos
Pequenos e amargos tantos.
Os Lírios, então dormem escondidos
Numa estufa de opacos e finos vidros.
Os campos,
Em prantos
Secam em triste e amarga solidão
Pelos solitários lírios do coração.
Jazendo em ênea torre, perdendo o brilho,
Eis que sufocados ficam os teus lírios,
Lírios que sofrem pelo teu amor,
Entorpecendo meu cérebro em medo e dor.
(menção especoal Bahia 2002 - Concurso de Poesia Iararana) |