São versos tristes estes de agora.
Estejam avisados os que os lêem:
Nada aqui enseja contentamento.
Não se trata de arte, mas de letras rancorosas.
Eu, fosse outro, abandonava este compêndio!
Estes são outros versos de desilusão.;
São filhos de outra dama desalmada.;
De alguém que deixou outro alguém sob o sereno.;
De toda a infâmia que há em gostar sem eco.
O enredo é o mesmo, só a tragédia é nova.
Amigos, há tanto de melhor para ser lido.
Nem todo amor rima com dor – creiam!
Nem todo abraço esconde adagas envenenadas.
Larguem, pois, de fetichismo!
Estas são cantigas de quem não deu certo.
Não canto os sorrisos.;
Não os sei, não os reconheço para mim.
Quem desejá-los não me deve atenção,
Deve-me o obséquio da ausência
E a promessa de não retornar.
Não se dêem por desavisados,
Estas estrofes são só melancolia.
Direi do desamor, da traição, do abandono.
Eis, neste alerta, minha derradeira caridade...
Se lerão este lamento,
que não o façam com alegria.
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