Mil beijos depois...
Em verdade, eu preferiria uma mentira doce
à uma verdade sagaz.;
um beijo de pretensão
à um adeus de sinceridade.;
um olhar complacente, compassivo,
à um viés de adeus.
Quero, pois, a falácia.;
a sinfonia que me prerroga ensejos,
o prazer fugaz
a compleitude da alma...
Meu coração! Ah, meu coração!
Razão preterida pela paixão.;
o “pensar” que soçobra perante o “sentir”.;
queres tu, meu amor, para mim mentir?
Faça-o!
Iluda-me!
Ame-me! – ou faça com que meu coração pense que sim!
Minta para mim! – deixe a alma gozar!
A vertente de idéias se altera com o trocar das folhas...
minha mente encontra Goethe...
...Platão...
...Baudelaire...
...Shakespeare...eu vi Deus! Ele é inglês!
Criou o idioma, amou, foi compassivo e sofreu!
Pensou, conjecturou, enganou-se e...está vivo!
Deus não morreu, meu amor!
Eu não sei porque sinto.;
contrario a mim mesmo!
E você...?!
Você, meu amor...
que me viu, sentiu, beijou, abraçou, sorriu...!
Mas não sabia da história.
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