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Poesias-->Parto poético -- 28/04/2002 - 19:28 (J osé Ferreira (Zéferro)) |
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Parto poético
26/04/2002
Como sofre o poeta
as dores da humanidade
os amores sem resposta
os embates da maldade
mas o riso da amada
lhe traz o gozo fagueiro
e num clarão de beleza
ilumina o mundo inteiro.
O poeta é ser sofrido
morre todo santo dia
por desprezo ou abandono
mas também tem alegria
quando canta seu amor
e versos mil lhe entoa
ora suave sussurra
ora em brados reboa
Eis que a obra do poeta
é o fruto do seu amor
e o coração em seu peito
é ventre cheio de dor
pois ele concebe poesia
como se desse à luz
o sentimento profundo
que sua palavra traduz.
Deus criou o passarinho
para trinar noite e dia
e deu ao poeta o dom
de cantar pela poesia
para que o homem louvasse
a graça, o amor a beleza,
a dor, a vida e a morte,
a magia da natureza.
E quem melhor compreende
da mãe o profundo amor
que o poeta que pare
o verso com a mesma dor?
se ambos tudo entregam
sem nada em volta esperar
o filho é irmão do poema
pois é parto o poetar.
JF
marques
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