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Poesias-->Navego contra o destino -- 18/04/2002 - 14:29 (Edio de oliveira junior) |
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Meus dias são uma jangada velejando num mar desconhecido
Transportando um “eu”-pródito-poeta-principiante!
“eu” esse navegante se enjoa no vai-e-vem das águas
mas se diverte com dois olhos de tempestade no horizonte...
“O mundo não é uma redoma!” –eu sei que alguém já disse isso!!!
Ele é uma abstração intinerante...
(uma hora você aprende que há Deuses nas palavras dos homens
e Demônios em seus olhos...
você percebe também que a terra tem que girar,
e que você deve cair para conceber tudo isso...
e para conceber tudo mais que o mundo lhe reservar.)
Estou em meio à gente
Porém distante como um Deus
Ainda não inventado...
Penso para que a rotina seja
Um papel em branco,
Um passo a ser dado na direção errada.
Uma nuvem de monotonia percorre meu rastro
E meu passado é um brinquedo quebrado
Atirado ao canto de um quarto com luzes apagadas
E esquecido...
Meus dias são uma jangada velejando num mar desconhecido,
Eu não luto contra a corrente, me indago,
Me entrego,
Meus amigos estão distantes,
Eu estou ausente de mim!
Sou uma folha arrancada pelo vento
Que voou em sentido contrário,
Aprendi a amar as controvérsias
E tantos estímulos de rejeição...
Eu tenho um amor incontrolável contido no peito
(quase não suporto tantas sensações)
Navego!
Como se o esquecimento fosse a página rasgada de um livro
Que alguma criança trancou ao fundo de um baú!
E o baú é intocável!
É mais! È inconcebível como coisa material...
Para mim, até o que existe de mais material
É quase inconcebível como coisa material!
Eu sou uma idéia atirada à minha mente,
E tudo mais é fumaça...
Minha jangada é fumaça...
Sou livre! Perdi meu solo!!!
Estou prestes a afogar
No mar do meu pensamento...
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