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Poesias-->Prestação de contas -- 07/04/2002 - 21:16 (J osé Ferreira (Zéferro)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Prestação de contas



9-9-98



Chegou meu dia afinal

De prestar contas, Senhor

De todo bem e do mal

De todo ódio, amor



Estou aqui a Teus pés

Implorando teu perdão

Confiando que Tu és

Todo Bom de coração



Sou teu filho desgraçado

Que condenaste a sofrer

O amar sem ser amado

O só dar sem receber



Só vivi pra implorar

Um momento de ternura

E o eterno mendigar

Só me trouxe amargura



Fui amargo desde o dia

Que conheci o amor

Pobre de mim não sabia

Amar trazia só dor



Foi cruel a minha sina

O que fiz pra merecer

Esta dor que me alucina

Só vivi para sofrer



Se eu pequei por inveja

Se cometi crueldade

Se em pecados viceja

Minh’alma sem piedade



For por querer para mim

O que vi sobrar além

Vi no bom, vi no ruim

Mas não possuí também



A alegria bastante

Alguém para me amar

Pra quem eu fosse importante

Que quisesse ser meu par



Que me fizesse sentir

Ter para ela valor

Ó como dói só pedir

E jamais ter o amor



Não queria compaixão

Nem tampouco labutar

Nada além da ilusão

De comigo s’importar



De que fazia questão

De conservar meu amor

Tirar do meu coração

Tanta tristeza e dor



E em mim toda luxúria

Enegrecendo o meu ser

Era sinal desta fúria

De somente padecer



As vezes em qu’ eu queria

Possuir pelo amor

Mas somente recebia

Uma entrega sem calor



Como pode um sentimento

De homem apaixonado

Encontrar o esquecimento

De ter sido desprezado



De ter visto a indiferença

Nos olhos que tanto amava

De sentir que sua crença

Na vida assim terminava



Lamentando ter nascido

Sem futuro nem passado

Chorando por ter vivido

Para ser um condenado



Chegando no fim da vida

Sem ter nada pra cantar

Só vendo na despedida

O fim deste lamentar



E ver a glória da posse

Rebaixada ao desejo

Lamentando que ela fosse

Nada mais que um despejo



Ah como eu queria ter

Um momento de ternura

Sentindo a alma doer

Na comunhão bela e pura



De dois corpos que se fundem

De duas almas iguais

No momento em que se unem

E não se apartam jamais



JF

marques
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