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Poesias-->A Calma do Oceano -- 02/04/2002 - 05:49 (Guilherme Laurito Summa) |
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Calmaria de um Oceano
Tão pura como céu ciano
A cor preferida das janelas
As mulheres nas passarelas
Os homens no asfalto
Correndo para o mato
Calmaria de um Oceano
Tão meigo como o centeio
É incrível de onde tudo brota
Onde todos atingem a cota
É um mar de decepção
Escondido na multidão
Do seu próprio poder
O poder de não ter
Não é um poder
Calmaria de um Oceano
O sangue de peixe espalhado
Tubarões rodeados
Pescador aflito
O farol tem apito
O mar não é calmo
Como a medida de palmo
Este mar está morto
Não tem mais coito
Não é por causa do sal
Nem por Sucrilhos cereal
Calmaria de um Oceano
Não adianta passar o pano
Ninguém ouve um pio
Num ambiente vazio
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