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Poesias-->A prostituta -- 01/04/2002 - 23:54 (J osé Ferreira (Zéferro)) |
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A prostituta
24/02/2002
Ela entregou-se inteirinha ao amor
Sem saber com certeza a quem o dava
Não podia prever a bruta dor
Sua tenra idade não deixava
Sonhos mil de ternura e carinho
A juventude logo desfolhada
Tão inocente, colhida no caminho!
Qual rosa friamente abandonada
O amado jamais olhou pra trás
Ao deixá-la chorando sobre o leito
O momento feliz foi tão fugaz
Tão logo terminou o amor perfeito
Hoje sem mais crença nem esperança
Guarda apenas um ódio incontido
Quando vem num relance à lembrança
Um rosto no passado tão querido
E para cada homem que ela encontra
Só desprezo e ódio tem pra dar
E em cada perfídia que apronta
Procura um pouquinho se vingar
Atirada à margem da estrada
Pela mesma hipocrisia que a perdeu
A sociedade não lhe deu pousada
Como a tanta igual a ela que elegeu
Só lhe resta buscar consolação
Encontrar alguém mais baixo, sem valor
È por isto que tem um cafetão
Com quem remeda a farsa do amor.
JF
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