Eu entendo a linguagem do adeus,
pequenas mãos acenando ao longe,
chamado triste que vêm das opacas
montanhas além da vida.
No entanto daquí, do meu pequeno
mundo, não saio.
Apenas digo adeus e procuro me salvar
das estórias contadas pelos velhos
onde o final é sempre o mesmo:
um homem agudamente olhando
olhando, tentando enxergar além
de sua própria alma aprisionada.
17.11.90 |