MEUS DIREITOS
Direitos que posso ter,
A justiça eu daria,
Pra na terra não mais ver,
Corações em agonia.
O direito da igualdade,
Que os humildes não têm!
Onde está a equidade?
A serviço do bem!
Os direitos, só direitos,
São alicerces do poder,
São dos homens, os defeitos,
Que irradiam o sofrer.
Os direitos quando poucos,
A justiça é maior,
Justos deixam de ser loucos
E viver no mundo só.
Quantos sofrem sem direitos,
Pelo direito, condenados,
Com imensa dor no peito,
Nessa cruz, crucificados.
Os direitos é um mar de ilusão,
Que afoga os que nele navega,
Encalhados na lama desse chão,
Perdidos ficam nessa esfrega.
Que diretos podem ser os teus?!
Que te colocas nas alturas!
Por que não reconhecem os meus?
Quando de Deus, somos criaturas!
A justiça é a verdade,
É o amor sem distinção,
É o simples, é a pluralidade,
Do universo, a constituição.
João C. de Vasconcelos
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