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| Poesias-->SOMOS AMIGOS -- 04/02/2002 - 20:08 (Miguel Antonio Azevedo de Souza) |
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Tentei de certa forma ser tão
Real, que abri mão de ser
Esse chato de galochas e resolvi
Sentar-me mais uma vez para tirar as
Dúvidas que ainda pairam na
Estranha forma de vida que assumi.
Juro para você não poder entender
A razão que leva alguém
Não ter coragem de falar o que se
Está sentindo, nem mesmo explicar a
Impotência de não ser a
Razão de minha alegria. Hoje te
Olho do alto, te vejo
Deixar-se tomar por uma angústia
Estranha e masoquista, que
Zomba da própria sorte e que
Orgulha-se de ser teimosa.
Incrível destino que nos leva a
Ter que dividir o passar de mais
Outra data importante para você.
Achei que à zero hora de hoje
Nasceria algo de novo em você e
O medo de não ser feliz se
Soltasse das mãos dos que
Fazem tudo para não te ver sorrir.
Estive o tempo todo perto de ti e
Lavei minha alma nas lembranças. . .
Incrível sermos amigos sem
Começar de alguma forma a
Inverter as ordens das coisas, sem
Deixar o pessimismo tomar conta e
Abortar de vez nossos sentimentos. Essa mesma
Distância que não nos separará , nos deixará impossíveis e
Espalhará em mim a tristeza , acredito porém que
Sofrimento e aniversário, minha filha, só uma vez por ano . . .
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