O CORETO
J.B.Xavier
À amiga Yriana
E alegre, entre as árvores da praça,
Lá estava o coreto abandonado,
E passantes, ao seu lado achando graça
Dessa triste construção do meu passado.
Ao seu lado, eu, num banco, observava,
Relembrando o beijo teu, que ainda ilude!
Pois foi nele que às vezes te encontrava,
Nas alegrias da nossa juventude.
Foi sentando na amurada que eu te disse
Que a vida não faria mais sentido
Se no mundo tu, então, não existisse.
Relembrando esse meu sonho, aqui na praça,
“Eu te amo” lembro ainda que disseste.
E os passantes ao meu lado, achando graça!
* * *
|