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Poesias-->A NOITE VEIO -- 18/01/2002 - 17:17 (José Reynaldo Galasso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A NOITE VEIO



E a noite veio

Com sua escuridão

E seus temores milenares.

E a noite veio

Com seu frio

E seu vento cortando os ares.



Fecho os olhos

E vejo você

(Fecha os olhos

e você me vê).



Invade-me uma dor

que não me é estranha,

que desde há muito

me acompanha.



Sinto essa dor

Lenta e calma,

Sinto essa dor

No corpo e na alma.



O vento murmura segredos

Nas frestas da janela,

Minha sombra treme

Ao dançar da vela.



No sono encontro

O desejado descanso.

No sono o vento

É suave e manso.



Negros, negros, olhos negros

Do abismo temporal.

Negro corpo, negra alma

Das profundezas do mal.



Meu espelho reflete

Alguém que não sou.

Na torre da igreja

Um sino soou.



Os relógios contam o tempo

Que passa lentamente.

Em algum canto ou lugar

Alguém pensa ser gente.



Por que essa música dolorida

Cortando a carne da noite

Com dentes de amantes?

Por que são seus olhos,

Duas pedras preciosas,

Duas lembranças brilhantes?



Por que a noite rumina

A lembrança esquecida

Nas curvas do tempo,

Nas vagas da vida?



Por que esse canto de agonia

Varando a noite e o dia,

Em tristeza abissal?

Por que essa bomba armada

Luzidia e pintada

Bem no centro do quintal?



Pergunte ao jovem amante

Se uma noite é bastante

Pra saciar seu desejo,

Se uma boca apenas

Substitui as centenas

Que busca sem pejo?



A noite me aconselha,

Pelo meu travesseiro,

A aceitar a metade

Em lugar do inteiro.



Por que você tange

As cordas metálicas

Com dedos suaves?

Por que sua guitarra chora

Ecoando na noite triste

Que não se vai embora?



Por que, minha amiga,

Essa canção triste

No seio da noite?



BSB06122001

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