Qual deve ser o padrão ?
Será que poesia tem algum ?
Não seria mais correto,
defini-la como sem-padrão,
sem-patrão, sem-nada-não...
Um olha, encanta e ate canta...
Outro olha, nada vê e desencanta...
Alguns, viram o nariz...
Outros, pedem outra matiz...
E uns poucos, pedem bis...
Qual deve ser o padrão ?
Tem jeito certo de escrever poesia ?
Será que a alma que alimenta esses
escritos precisa estar limitada por
algum padrão, refrão ou paredão ?
Será que estão certos os Gregos ou
os Troianos ?
Qual deve ser o padrão ?
Usar palavras simples, coloquiais...
um crime dos mais imorais.
Usar palavras rebuscadas, complicadas...
uma beleza para poucos mortais.
Falar por metáforas...
Falar por alusão...
Alimentar a ilusão de que o que nasce
de seu ser, merece ser chamado de POESIA.
Receber a noticia, numa manha de sol,
de que o que escreves e insosso...
Não tem gosto, não tem cheiro,
não tem valor...
Ha, isso pode doer.
Mas só causara dor,
se a critica vier de alguém
que conhece do caminho dos poetas.
De alguém que já se arriscou a trilhar
por entre esse mar de letras, sentimentos e lamentos que formam as poesias.
Mas, se veio de alguém que não despertou para esse sentimento e conhecimento, que só nos surge durante o evento, de tentar soltar a alma por alguns momentos e dai fazer nascer, não a mais belas das poesias...
mas um filho da alma, que para gestar não pode ser pequena,
tem de ser corajosa a ponto de expor-se, tem de ser bela para não temer o feio,
tem de ser solta para não temer a liberdade, tem de ser VIVA para poder gerar VIDA...
Mutação e a esperança !!!
Sim, essa e a grande esperança.
A esperança de que quem critica,
tenha a alma verdadeira, de revelar a nos, pretensos poetas, sua essência e assim nos banhar com o que ele acha ser a verdadeira e talvez padronizada poesia...
Fica aqui minha esperança de que
em breve receba, tão valoroso conteúdo e possa então em minha grande "insossez"
me curvar perante o que se chama de verdadeira poesia... se e que ela existe.
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