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Poesias-->zkzkzkzkzkzkzkz -- 29/11/2001 - 12:15 (Edio de oliveira junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu vejo pessoas com sorrisos,

vejo olhares que se cruzam,

vejo um mundo que construíram

e não me consultaram e me entregaram

e me obrigaram a aceitá-lo.



Mesmo sem poder ser nada

sonharam tudo para mim,

mesmo sem poder dizer nada

disseram tudo para mim...

todos com tantas aparências

todos com tantas alegrias,

todos tão iguais

e eu tão diferente!



De tão diferente, passei a ser tão pequeno

de táo pequeno, tão só.

De tão só, tão estranho.

De tão estranho, tão estranho,

a única coisa que desejaria ver realmente

é um sorriso sincero de outra pessoa...



Eu vejo as coisas que não se movem

e para mim elas são tão vivas!

são um organismo todo

de idéias novas que podem transmitir,

são autodefiníveis...claras...

e os homens, tão auto expressáveis, tão móveis,

são um túmulos de conflitos e obscurosidades só!

eu prefiro confiar em tudo o que não se move...



Eu creio não haver nada mais traiçoeiro que a comparação!

é a capacidade de comparação que me faz estar aqui

ao meio dia, trancado num quarto,

confuso por não saber em que pensar

e pensando tanto e em tudo ao mesmo tempo

e tentando ainda transmitir pensamentos em linhas

tão sem importância.



"Eu quero ser grande e forte como o papai"

(era o meu grande sonho de infância)

hoje, tudo que eu queria

era ser pequeno e franzino

e cabeçudo como eu era,

eu queria ser ingênuo de novo para brincar

como se a vida fosse o playground que parecia ser

e não essa cena de cinema Norte Americano barata,

essa injeção de American Way of Life na veia,

essa batida de sucesso& abdicação& devoção& egoísmo

que misturamos tanto na panela de nosso caráter púrbere.



as vezes eu queria ser o bicho na mata mais fechada,

o primata no passado mais distante,

o louco no maior desvario,

o câncer na maior ferida.

as vezes eu queria correr

e saltar e voar

e desaparecer da vida que me deram,

simplesmente desaparecer em mim

como alguém que se viu,

e não gostou

e desistiu...



Eu queria não comparar o que sinto

com o que dizem

ou não comparar-me o tempo todo

ou não comarar o que há de bom

com o melhor...

o que há de ruim

com o pior...

o que há de bom com o que há de ruim.

nem uma coisa nem outra...



Eu queria perder-me em meados de 1.900

no pensamento de alguém que não imaginasse a vida que vejo

e não maquinasse tanto a glória

ou o dever que tem com o que lhe deram.



eu queria sim, poder ser, quem sabe

a ferida viva de um indigente

ou quem sabe a vida gloriosa de um poeta medieval

ou de um cão, ou de um príncipe!

Ah! como eu queria ter o dom da fuga...



Estou triste e amargo agora

como tenho estado há muito tempo,

derrama-se sobre meus olhos tantos fatos

e eu vejo tanta incoerência em tudo...

" Será que em algum outro planeta, em outra galáxia, existe um alienígena se questionando tanto?!!

ou um outro eu de espírito virado

chorando e olhando o munto?

Ou será que aqui na terra mesmo,

Sim! Aqui! Existe alguém que não ama

mas que procura o amor sem saber se deve?!

Alguém que busca tanto amar alguém

talvês por não amar-se?!"



Fecho meus olhos

vem a escuridão,

imagino em mim tudo que fui,

aquilo que sou, o que poderei vir a ser...

Meu Deus, como não vejo nada!

Todos, Meu Deus! Todos apenas foram, são e serão,

E todos, Meu Deus! todos fazem isso sem saber porquê...

e ainda se satisfazem, e passam essa herança adiante,

e oram a ti...

e vivem assim seus segundos, seus dias, seus anos!

Todos vivem contando o tempo,

contando com o tempo que trará uma vida nova!



mas eles envelhecem, essa vida não vem!

morrem! inventam uma nova vida...



E para justificar a desgraça

desconsideram o tempo

dizendo ser esta uma vida eterna,

a eterna felicidade

como recompensa de uma vida devota, murcha...



E tudo, tudo para os que ficam

se condensa no mesmo quadro imutável,

na repetição de todos os atos todos os dias,

no seu trabalho...



Todos, Meu Deus! TODOS vivem, e não se perguntam,

e se acham felizes por pensar sempre o mesmo

e viver sempre o mesmo...



Até o grande homem Jesus Cristo

acreditou um dia, e se entregou a tudo,

e lutou por nós,

e morreu por nós com os braços abertos,

como se abraçasse algo que o negou!



NÓS! NOSSA CONCIÊNCIA DESVAIRADA!



Mas talvês na morte tenha visto ele

que não valeu a pena,

e que nada impede que a coragem morra quando nasce o medo,

e que um ideal

é uma mera consequência

de não se ter nada a pensar...



Estou triste

mas ainda possuo o meu rebanho de pensamentos,

meus olhos negros,

minha mente parda para observar o mundo...

Ainda tenho o dom de sentir

(ou até de amar se quiser!)



Ainda tenho meus dedos finos

para correr em papeis,

traçar hinos frios, dedicações...

tenho sonhos, sonhos, sonhos

e tantas histórias para contar!!!

tantas histórias que as vezes acho que nem as mereço...

(eu tenho uma história de amor muito linda e que renego, e que odeio, e que guardo no esquecimento mais profundo de mim.)



Ainda há de ser o mundo para mim

a canção que imagino, que alegra...

Ainda há de ter para mim algum sentido

tantos homens, tantas mulheres, tanta luta,

a minha existência numa vida

qual a existência de uma gota no oceano...

De um cão que não sabe da vida

mais ainda assim vive incondicionalmente.



eu juro que sonharei todos meus sonhos

até que se esgotem um a um!

E então encontrarei mais sonos

no fogo de uma paixão estranha...



a vida será então

a vida que em si produz seu proprio significado

e que encontra sua força

na casa do inimigo mais próximo,

do estranho mais distante...



O mundo é para mim

o que não defino por excelência!

as outras pessoas são

a extensão do que vejo e sinto em mim...



Eu estou, é verdade!

estou na estação das folhas mais secas,

de mais bravo inverno



Mas eu me sinto feliz

quando a estação das folhas secas vem

e o coração se congela

quase como se fosse um inverno!



eu me sinto feliz

em saber que todo mundo está feliz,

em saber que não exista para quem está feliz,

e que a felicidade se percebe

sem saber que é felicidade!

eu me sinto feliz

em poder chorar...



Eu me sinto feliz

em ver que me vendo

quase me esqueco,

em saber que me esquecendo

me amo,

e em sentir que me amando

me entendo.



Eu me sinto feliz

e a felicidade se conforma em ser,

simplesmente,

uma folha seca que voa

e que se perde,

um inverno que chega

e que persiste,

uma lágrima que cai

e que não volta....
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