SAUDADE - II
O homem do quebra-queixo
Que mela mela
Já não passa por aqui
O moço do puxa-puxa
Que gruda gruda
Sumiu sem dar mais notícias
Só restaram os doces modernos, que solução!
Quadradinhos, embrulhadinhos um a um
Você quer um?
Que não sujam mais os dedos
Não grudam nos dentes
Nem melam toda a mão
Mas se você prestar bem a atenção
Sentirá, talvez, a leve sensação
De estar a comer algo até conhecido
Pois....
Vão-se os tempos, morrem os mitos,
E da infância, esse pobre tesouro finito,
Resta apenas um longo “suspiro”, quase infinito.
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