Dos iguais eu sou o comum.
Os meus erros,
A minha insegurança,
O meu silêncio... Meu grito.
Dos olhos do mundo, eu sou a miséria...
A minha fome,
A minha luta árdua no dia-a-dia, torna-se pálida,
O meu sangue num suor, torna-se apático dentro um sol amarelo, dentro dessa terra deles. Mas o pão que produzo... É a raíz de tudo, que as vezes, eu mesmo não enxergo.
Da esperança, eu sou o absurdo.;
As minhas atitudes radicais,
A minha indiferença ao poder,
A minha saudade, a minha dor...Na verdade o nosso sonho.
Do simples eu sou o complicado,
As minhas razões,
O meu egoísmo, a minha alegria... Só termina quando a sua diz adeus aquela fantasia.
De tantos legados, eu a obra, sou o pó, o grão, servindo à árvore, corroendo os dentes, morrendo a morte feito semente, enquanto eles, os que se acham donos do mundo, cruzam os braços e ainda nos julgam.
De tantos e tantos, talvez nos reste a loucura, pois viver sob o mesmo teto, sob as mesmas necessidades, sob as mesmas leis da vida,sob o mesmo sangue e ainda querer ser diferente é não ter nascido gente. |