Ressurreição
Sonhos que nascem em noites suadas... nos gemidos
Sonhos que morrem oníricos nos seios femininos
Sonhos que germinam com paladar de pântano
Sonhos que perecem em vitorias vãs
Sonhos que lagrimejam as asas arrancadas
Sonhos que fogem da gaiola eterna e materializam-se amor
Ainda assim, são sonhos... Prisões, nada mais...
Prisões que te arremetem ao vazio
Prisões que semeiam arrogantes seres vis
Prisões que alimentam silvícolas servis
Prisões que enganam na cama, fazendo-te feliz
Prisões que arrastam multidões, desencantam... desencarnam
Ainda assim, são prisões... Passaportes, nada mais...
Ventos que correm lá fora, libertos... libertinos...
Ventos os que levam embora: saudades
Ventos os mesmos de volta trazem: recordações.; choros...
Ventos que me fazem flutuar e ver você
Ainda assim, são ventos... Dor, nada mais...
Tristezas que renascem no grande músculo
Tristezas que n’alma torturam a carne
Tristezas eternas fotografadas por meus olhos milenares
Ainda assim, são tristezas... Paixões, nada mais...
Paixão de ter seguido sendas do amor proibido
Paixão de ter buscado viver a sociedade proibida
Ainda assim, são paixões...Vida, nada mais...
Vida que a vida eu vivi
Ainda assim, é vida... Ressurreição, nada mais...
Pois assim, reviverei tudo de novo... nada demais!
Marcello ShytaraLira
15/12/99
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