PAI...
Que saudade! Que falta você me faz...
Quando ouço alguém dizer: "PAI", volto anos para trás...
A saudade é tão grande e imensa, que me tira a paz,
Fere minha alma e meu coração, com dureza eficaz!
Nunca lhe vi, meu pai...
Jamais lhe conheci, pai...
Só sei a falta que sinto de você, pai...
Por todos esses anos, sem lhe esquecer, pai!
Você partiu, quando eu nem sabia falar,
Muito menos, sabia andar,
Nem tão pouco, podia pensar
Que sua partida, era para nunca mais voltar...
Pai, mesmo assim, sempre lhe amei...
Seu nome sempre respeitei,
Minhas orações sempre lhe dediquei,
Meu imenso amor e meu coração lhe dei!
Pai, hoje sei que partiu, sem querer...
Foi para o Céu, pois de lá, pode me ver...
Jamais iria me deixar sem saber,
Quanto é bom um pai se ter,
Para abraçar, amar, beijar e bem querer.
Eu era um pequenino ser,
Quando você deixou, de aqui, viver.
Deixando-me sozinha e sem saber
Como é seu rosto, seu corpo e seu bem-querer.
De você, papai, somente tenho pequenas e genéticas heranças,
Que, às vezes, me surgem como vagas lembranças,
Deixadas guardadas e vindas da minha sofrida infância,
Que hoje se encontram, a uma grande distância...
Porém, bem lá no fundo da minha alma,
Se encontram guardadas, com total segurança!
Tantos anos, que você me deixou, são passados...
Mas, às vezes, sinto você ao meu lado!
Dando-me amparo e fazendo-me um agrado,
Quando estou triste ou com dor,
Sinto assim, diminuir o meu fardo.
Quantas vezes me pergunto, por quê???
Por que você se foi e me deixou sozinha...?
Eu era tão indefesa e tão pequenina...
Não tinha noção da vida, era só uma pequena menina!
Por que não tenho seu carinho...?
Por que você teve que seguir outro caminho,
Deixando no abandono e sozinhos,
Todos os seus pequeninos filhinhos...?
Sem seu calor, sem seu amor, o nosso triste ninho!!!
Lindamar C. Cardoso de Mello
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