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Poesias-->ANJOS SEM ASAS -- 15/05/2023 - 16:00 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

ANJOS SEM ASA

 

Da varanda do apartamento, do quinto andar,

à noite, todos os dias;

quando eu ouço um burburinho atípico, vindo da rua,

olho e deparo-me com a desconfortável cena

de algumas pessoas com sacos nas costas, gritando,

disputando o espaço, em troca do aproveitamento do lixo.

Não há dignidade nas cenas que se passam.

É um ato humilhante e desumano.

Idosos, menores, mulheres com crianças

e ás vezes até grávidas, mas todas desamparadas.

Elas recolhem parte dos nossos resíduos,

colocados á frente dos prédios.

Eles são operários sem patrão,

que sobrevivem de viração.

Fazem parte de uma legião de miseráveis,

que apela para a sorte, onde sobrevive o mais forte.

Na maior pressa, realizam uma pré-seleção do lixo.

Tudo se passa clandestinamente.

O mal cheiro impregnado ao corpo, sem proteção;

deve atravessá-los até à alma.

Todo dia é assim, correndo e gritando, e até sorrindo;

é sempre igual, não se sabe até quando.

À frente, os que realizam a pré-seleção.

Atrás do caminhão da empresa de coleta de lixo urbano,

vem o segundo grupo garimpando a sobra.

Isso se dá numa ação relâmpago;

Completamente desprotegidos, e na maioria das vezes até sorriem...

Todo dia é sempre assim, a menos que chova forte,

Ou uma doença lhes faça mal e

lhes antecipe até a morte.

 

 

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