Os meus sonetos são tristes, pensativos.
Eles nos falam franco, muito nos olham.
E sinceramente sei que não deploram
o simples e sucinto fato de viver comigo.
A bem da verdade meus sonetos não são meus.
São porções da minha angústia vencida.
Cada um representa uma utópica ferida
que a minha inocente ilusão acendeu.
Os meus sonetos. Eles serão teus,
se os quiseres.
Não exijas muito deles, pois são calados.
Mas ouça o pouco que te dizem, como puderes.
Irão bonitos, elegantes, bem arrumados.
Seguem em manto de cetim, por embrulhados.
Só peço um beijo agradecido... se o tiveres. |