Usina de Letras
Usina de Letras
41 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62381 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22545)

Discursos (3240)

Ensaios - (10437)

Erótico (13578)

Frases (50767)

Humor (20066)

Infantil (5480)

Infanto Juvenil (4800)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140860)

Redação (3318)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6230)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Requiem para uma amiga. -- 03/08/2010 - 17:49 (José Ricardo Camargo Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A MORTE NOSSA DE CADA DIA





Procurando nomear representação

Da cognição da realidade

Vejo nessa ação

O passar da nossa idade...



Eu existo porque alguém me nomeia

Chamando-me quando precisa

E o dia vem e permeia

Busca algo e não avisa.



A ausência é um estar em mim,

Um dever a reinventar

Cada minuto assim e assim...

Preciso respirar.



Meu luto de viver é temor

Para não reinventar a morte

Ela existe em toda dor

Mais do eu... ela é forte.



Penso na vida como arte

A morte é organismo que morre

Em dias isso faz parte

Mas pedindo não socorre.



Na leitura linear

Como discorre a vida

Esquece memórias a sonhar

Uma passagem não lida.



Experimento o futuro...

Não faço canto de morte

Como construindo um muro

Fico esperando a própria sorte.



Reinvento a vida a cada instante

Como que vingando a minha morte,

Mesmo vendo operante

Recebo esse corte...



Escapar da morte é arte

Que peleja dia a dia,

Realidade que faz parte

Não querendo...eu corria.

A beleza é soma das partes

Do todo ou de que vemos,

Não é menor que as artes

Resta apenas o que temos.



Insignificante eternidade...

Tenho vibração pela vida.

Cemitério não tem idade

Mas acolhe alma pedida.



Como Gioto expõe a vida

Em praças e museus

Mostro vigor nessa ferida...

Mas não são teus nem meus



A beleza na vida perece

Não há Eterno no plural

A arte até parece

Mas ela é imortal.



Vejo muitas pandoras

Nos rouxinóis a cantar.

Onde estarão agora

O orgulho de ficar?



Pelo tempo do castigo

Que fico no meu lugar.

Pelo tempo limite ... é perigo

Aflora no cantar.



Artistas de nossas invenções

Manipuladas pelos desejos

Nada faz em ações

Apenas vira pelejos.



Impaciente acontece

De perder e achar

Cada qual é o que padece

Quando não sabe olhar.



Acontece e decide

O que melhor lhe apraz

Acha sempre perdendo

Naquilo que não é capaz.



A arte é criança

Mordida pela Paixão

Remonta sua lembrança

E te pede perdão.



Desmonta a arte da vida

Com momentos de fúrias.

O que vai agora remida

Fazer Artes espúrias.



Homenageio a morte em dobro

Vivendo o dobro a perder

Digno acontecer do probo

Vive querendo viver.



Por ser imortal na vontade

No instante fragmento

Desde logo a bondade

Une a mente... é momento.



Somos mais que a morte

Agindo no mundo intenso

Agir e não ter medo (é sorte)

Perde meu pensamento.



Ajo no sofrimento

A Realidade não precisa de mim.

Morte cruel é lamento

Vivo assim, assim



É séria a morte da vida

Em quem a representa?

Na noite em que sofria

Livro-me do que te acorrenta.



O fim da vida é livrar

A vida do morrer

Rosto dos mortos a privar

Do que é acontecer.



Sereno vejo rosto

Pedindo perdão do que fez...

Não há o que perdoar posto

Não era a sua tez.



O morrer é prazer egoísta

Quando me vou agora

Calam-se palavras artistas,

Do mundo vou embora.

Não temo o humano de nós.

Somos bons em essência.

Meu temor é o demônio a sós,

Que vive na sua imprudência.



Viver é morrer no instante

Cada um tem o seu

Viva o viver bastante

Cada qual com que é teu.



È apenas um adeus

Talvez até logo na dor?

Um dia...estaremos nos céus

Vivendo uma única cor.



Entenda a vida com prazer

Viva em dobro seu momento.

Vinga da morte no lazer

Nada de sofrimento.





José Ricardo























Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui