Existe, no chegar de cada amanhecer,
Um inevitável espectro da saudade,
Que, insidiosa, meu coração invade,
Dando à minha alma o tino do sofrer.
Quando, d`aurora, a primeira claridade,
Cedo, anuncia um novo alvorecer,
Como se faltara uma parte do meu ser,
Tenho a sensação de viver pela metade.
É então que, no decurso de mais um dia,
Sei que há de me afligir a longa espera,
Até que, de novo, te tenha nos meus braços,
Pois é somente no calor dos teus abraços
Que, a paz, o meu espírito recupera;
Do teu amor, é que provém minha alegria.
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