TECER
Encanto, quintal, quente abraço,
voz que declina, a foz, o pranto, a neblina,
o pente, o laço.
Balde, irmã, o rastro, o risco, a rosa, o raso do rio,
o resguardo,o riso,
capim, romã, sofrimento debalde.
Guardo, mas dissolve a lembrança,
o rosto,a reza, a rã, a linha, a seda, tão cedo a água da mina, a sede, a fresta ilumina e deságua na luz matinal, desaguava.
A resplandecência na rua, o raio, o musgo,
a música, mugunzá,
O dinheiro que esmaga, esmagava,
o pinheiro, o fim da inocência, brilhantes formas se moviam...
Pai, porto, docas, cais, ais,
ferrovias e vias a porta, a nódoa, não mais importa...
O fumo, o parto, silêncio que corta, cortava.
Réstias, tias, assoalho, restos, espantalho.
A tabuleta, o aviso, o tabuleiro, o jogo evasivo, não inventa, a tabuada na tarde, pimenta arde, ardia, o dia, cocada, cada menino um herói.; as folhas se foram.
Verdes vidas saltavam no sol da manhã, gafanhotos talvez.
Pai ali, mãe, carvão e resíduos na alma, perdão que tardou e era um homem cansado e eu, ali, aprendendo
a tecer.
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