Escrever e aprender...
São amplos os sentidos...
Vasta a experiência...
laboratório, paciência...
lida-se com as palavras,
com sentimentos...
pinta-se o momento,
com cores de paixão,
dando-se nuances de dor,
de amor, de compreensão
descreve-se o sabor dos beijos...
os sons de todos os silêncios.
calam-se e emudecem-se
ao tilintar das letras...
presas, às vezes,
às gavetas da mente...
libertas... voam no teclado...
num dedilhado contínuo a fim de definir
o perfume de seus encantos...
a magia do momento...
a fragrância de seus amores...
o erotismo e sensualidade do prazer.
Muitas vezes...com palavras incógnitas à pluralidade
que, sem maldade não as distingue...
num simples verbete,
a eficácia do autor
que num rompante de genialidade
faz “de graça” a sua arte...
pelo simples deleite
de ver os seus versos,
“do nada” aparecer...
brincadeira de escritor,
é parábola, enigma...
e para brincar se rima:
momento de lazer...
diria, de extremo prazer...
e não ouse nunca...
não peça jamais,
para uma palavra mudar,
porque seu “dono” vai ralhar....
não se mexe em verso feito
senão, se perde o efeito.
Rosy Beltrão
25/01/01
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