Sim, minha amiga, sofro abandonado
e vivo num exílio acorrentado,
nesta Saudade atroz que me consome
chorando lágrimas de dor enorme!
A Saudade de ti, rude e selvagem,
faz-me cantar de amor como miragem
mas grito cá por dentro contrafeito,
pois o meu Céu assim é mais estreito...
Saudade Solidão, minha alma triste
voa p’ ra ver se minha amada existe
e, se existir, implora desta sorte:
ó Saudade, tu és a minha morte !
Vem até mim, Saudade Solidão,
vem, amor, minha paz e emoção...
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA |
