Ardia
A cada chama desse incêndio desferida,
Oh quanta brisa supliquei aos quatro ventos!
Aos teus ouvidos assoprei meus sentimentos,
na intenção de sufocar-te a despedida.
Chovia
E na avalancha de torrentes caudalosas,
Oh quanto ardor te emprestei dos meus desertos!
À tua boca meu calor, da minha versos,
a te arejar, a invocar as tuas prosas.
(É lei que o tempo, esse tropel da natureza,
não faça ao caos mais que mesura passadiça
pr a que tão logo volte aos rumos da beleza.)
- Então és tu, oh criatura, doutro mundo!
- Pisas teu chão? Pisei areia movediça!
deixar-me agora, e para sempre... moribundo.
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