(Caro poeta, você mal me conhece.
Você busca seu vazio tão cheio de si mesmo.
Vinga-se das memórias de que tem desprezo
E pensa que por mim você se esquece.
Olha pra mim, sou tão simples, humana(o)!
Há tanto esforço para vencer seu medo.
Adoça o verbo com um desdém azedo,
Do que de mim pra você lhe é profano.
Eu não sou ninguém, querido, melhor assim.
Eu sou seu mundo, não queira nada de mim.
Queira-me somente e eu assim o julgarei:
É... posso "respondê-lo", sei, sim.
Por quê? Porque o que sou, enfim,
- Não, nunca o que fui, ou o que lhe serei.)
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