BH, 25/mar/2005
Eu queria
que chegasse um dia
em que não chegassem
CEBs, GVTs, condomínio, moradia.
Eu queria
que chegasse um dia
em que ao abrir a porta
tudo que entrasse
fosse palavra em poesia.
Eu queria
que chegasse um dia,
um único dia que fosse,
que tudo fosse mais doce,
e que todo resto virasse
palavras na lousa fria.
E eu morreria pro mundo
e renasceria pra mim
feito um livro de poesia.
|