MUNDO TRISTE ***
Pareço distante,
Como se fosse
Um espectador
Que se assemelha a
Um pintor daltônico
Em exaurível busca,
Onde,cores neutras
Tingem a mente
Definhando a obra
Em penosas lembranças,
Perpetuando horrendas
E tristes imagens
Em retratos remotos,
Gerando um desamor
Que é o descrédito
Da perseverança.
Sou inconsciente,
Renitente e saudoso.
Sinto-me incomodado
Quando palavras sussurradas
São ditadas à mente.
A intuição da escrita
Conduz a pena,
Ordenando a transcrição
Ao dormente papel.
A história de um mundo triste
Povoado por medo e depressão.
Num suscitar lastimável,
Vejo expirar a inteligência e a vida.
Paulo Izael - e-mail ranfi@ig.com.br
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