DECADÊNCIA
Se ela desfila arrasa, uma loucura!
Não pelos traços, já que não é bonita
mas pela bunda tanajura e rica,
um circo consagrado à travessura.
A bunda é referência a arquitetura
dos sonhos que a libido premedita,
se eleva, a cada passo, se arrebita
e me desperta o gozo e a dita dura.
È pena que essa bunda se envelheça
e decadente não mais aconteça
a cada tarde ou noite em que vadia.
Lhe descosture o tempo que a consome,
desmonte o fardo e lhe macule o nome
e lhe desate a trouxa a cada dia.
|