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Erotico-->A GAROTA E O VELHO LOBO -- 28/07/2001 - 14:22 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A GAROTA E O VELHO LOBO



Estava convencido que, mais que o toque de seus dedos trêmulos, a perturbava profundamente o seu olhar de lobo esfomeado, que buscava na carne fresca a paixão, a satisfação e o repouso.
Por isso a olhava com fome e esperança. Olhava-a inteira. A devorava sem tocá-la, anelando cada poro, cada minúscula mancha do seu corpo. Era pura emoção, quando se aproximava da garota, entrava em plena combustão ao encontrar em seu trajeto a pele quente e juvenil.
Por isso admirava a gota salgada e tépida que corria por entre seus seios, iniciando um eletrizante caminho, até perder-se em seu umbigo que era como uma tacinha que convidava a beber daquele delicioso sumo.
Era um lobo perturbado, de dentes velhos e afiados, que procurava naquela carne virginal a calma do desejo satisfeito, o remanso da paixão confortada, subjugada, atendida. Ela se turbava porque era um lago sereno e ele, lava ardente e sem freio, que corria para seus vales, suas grutas, seus rios.
Ele adivinhava em seus olhos uma tristeza secular, porque ela sabia que, no fundo, era presa fácil para as vorazes presas masculinas. Era a plenitude que acalmaria os gritos incontidos da paixão daquele macho. Isso a entristecia, pois acreditava na superioridade do seu espírito e na perfeição da sua alma. E era mulher de carne e osso, com desejos tão animais, tão carnais como qualquer outra.
Parecia incrível que aquele rosto de menina se adaptasse tão bem àquele corpo de mulher. Mas ele só soube disso, quando ela deixou cair o vestido celeste com uma timidez, com um medo de animal ferido, coisa que multiplicou o seu desejo, fazendo correr o sangue e o pensamento. Precisava daquela menina de corpo deslumbrante, queria possuir cada um de seus gemidos, de seus gritos, cada um de seus orgasmos magníficos.
Ela sentou-se na beira da cama, bem perto da mão que se tornaria garra para cortar seu medo e descobrir a explosão latente. Ele não se mexia, olhava-a como se nada estivesse acontecendo, como se todos os sonhos de sempre não estivessem prestes a tornar-se realidade, rompendo todas as barreiras e derrubando-o em um mundo excitante e até assustador. Ela mastigou algumas palavras ininteligíveis e ele se colocou de joelhos por trás da garota. Tocou-a quase sem roçá-la, resvalando os dedos pelos ombros, detendo-se na nuca, afundou as mãos naquele cabelo perfumado.
Como um vampiro sedento, buscou o frêmito delicioso de seu pescoço dourado. Ela sucumbiu em um desmaio de deleite. Estava derrotada, a boca experiente do homem a derrubara em um lago morno e sedutor, que faria dela uma escrava viciada naquele doce veneno. Por isso buscou a boca masculina, que vinha a seu encontro, toda lábios, dentes, língua, sussurros e incoerências. Por isso se deixou desnudar, percorrer, perfurar. Por isso sucumbiu em um grito imenso que era plena liberação e luxúria.
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