dois corpos nus,
entrelaçados,
o primeiro raio de sol,
atrevido,
invade a frestra
desnudada
pela cortina entreaberta
olhos lânguidos
transbordantes de saciedade
se abrem, ao mesmo tempo,
se contemplam,
se acariciam
agradecimento mútuo
e mudo...
(olhos dizem tudo)
pela noite
de volúpia de corpos
que se atraíram
se pediram
se quiseram
se encontraram
e, por fim,
se amaram...
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