Usina de Letras
Usina de Letras
128 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62326 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22542)

Discursos (3239)

Ensaios - (10406)

Erótico (13576)

Frases (50707)

Humor (20051)

Infantil (5473)

Infanto Juvenil (4793)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140841)

Redação (3313)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->LUANA -- 22/09/2004 - 17:23 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LUANA

A tarde de verão, tórrida e sem vento, caia sobre as coisas com todo o rigor do sol radiante. Da fresca sombra da macieira até o arroio eram cinqüenta longos e áridos metros, e os raios solares, luminosos, radiantes e plenos, não estimulavam a façanha de fazer o percurso. Por isso, Marcelo permanecia ali, quieto, olhando de longe parte daquele espelho de água, semi-oculto pela vegetação nativa, comendo sem muita vontade uma maça, pensando que um pouco de vento, um arzinho qualquer viria muito bem.
Na casa, branca, brilhando na luminosidade da tarde, todos dormiam. Tudo convidava para uma longa sesta, com o fundo musical dos ventiladores, empurrando o ar quente e trazendo mais ar quente.
Marcelo divagava. Pensava no sonho maluco que teve com sua prima Luana. Desde pequenos sempre se gostaram. Mas a vida sempre os separava. Luana morava e estudava na capital, ele permanecia naquela cidade do interior. Raramente se encontravam, quando isso acontecia, como o encontro naquele sitio, que era da avô, tudo era motivo para festa. Um movimento, na porta da casa, chamou a atenção do rapaz. Era Luana. A bela, deliciosa e recatada Luana. Com um andar preguiçoso, com certo desdém, ela passou por ele, cumprimentou com um sorriso tranqüilo e caminhou até o arroio, desaparecendo entre as árvores.
Como se tivesse sido impulsionado por uma mola invisível, Marcelo criou coragem, saiu da sombra protetora e caminhou na direção das árvores que ocultavam Luana.
Ela já estava na água, desfrutando daquela corrente fresca e límpida, mergulhando e emergindo, flutuando. Marcelo não hesitou e caiu na água, fazendo um grande barulho, que arrancou uma exclamação divertida da prima. Chegou perto dela, puxando conversa.
__ Não estavas dormindo?
__ Sim, mas estava muito quente e o arroio me chamou...
__ Legal! Estava me sentido muito sozinho, perdido no calor desta tarde.

Sem querer, movimentados pela fraca corrente, os corpos se aproximaram e ele sentiu na sua pele o desenho dos seios e as coxas da garota. Percebeu, também, um ligeiro tremor, antes de que ela se afastasse. Luana mergulhou e apareceu perto da beira do arroio. Saiu, passou as mãos pelo cabelo, pelas pernas, abriu uma toalha amarela e deitou, suspirando.
Marcelo saiu da água e aproximou-se. Então começou a falar, com um rio imenso de palavras, sobre um sonho que teve com ela, na noite anterior, um sonho maravilhoso que ele desejava muito que se transformasse em realidade. Quando terminou ficou calado, olhando para os olhos fechados de Luana, que tinha escutado tudo em silencio, imutável.
Ela abriu os olhos e viu o rosto de Marcelo muito perto, tão perto que suas bocas quase se tocavam.

__ Você é um louco!- murmurou e aproximou lentamente seus lábios. Marcelo não esperou e beijou-a com paixão e força. Seus corações pulavam enlouquecidos, o sangue fervia, eles respiravam com dificuldades, tentando aspirar todo o ar possível, como se de um momento para o outro fosse faltar. Perderam a noção do tempo enquanto se beijavam com carinho e com fúria, como se esse encontro de bocas, corpos e desejos dissipasse todas as angustias que afligiam suas jovens vidas.
Repentinamente pararam e se olharam e começaram a rir. O riso, espontâneo e fácil, não cortou o encanto do momento. O desejo foi cercando-os, envolvendo-os com sua seda fina, com sua teia de aranha, aproximando-os, amarrando suas sensibilidades com seu abraço irresistível. Num instante estavam fora da toalha, misturando seus corpos seminus com a lama da beira do arroio.
__ Vamos com calma- pediu Luana, quando o primo safado começou a desatar o nó da parte superior do biquíni.
__ Estou indo tão devagar que tenho medo que o meu sangue congele- respondeu Marcelo, provocando um longo e doce sorriso na garota, que deixou que ele continuasse com sua luta desesperada com o nó.
Livres, os seios juvenis pularam e pediram os lábios, a língua e os dentes de Marcelo, que não se fez esperar, atacando sem piedade os bicos durinhos da prima querida. Ela gemia e mexia-se, apertando-se contra ele. Estava totalmente dominada pelo desejo.
__ Você me quer?- perguntou Marcelo, com um sorriso cínico.
__ Sempre te desejei e agora te quero mais que nunca- gemeu Luana.
O garoto tirou a última peça do biquíni e também ficou nu.
__ E se vem alguém?- inquietou-se ela.
__ Todos dormem, ninguém acorda antes das quatro. Temos todo o tempo do mundo e vou te amar como ninguém nunca te amou.
Com sua boca faminta, buscou a intimidade mais oculta de Luana, percorreu cada palmo daquele corpo desejado, brincou com as sensações da garota, usando seus dedos, sua língua, seus dentes, o corpo todo para enlouquece-la.
__ Quer?- perguntou novamente Marcelo, aumentando o desejo de Luana.
__ Sim, sim, sim!- quase gritou ela.

Quando ele a penetrou, ela sentiu que o mundo se abria e toda a luz da tarde caia sobre eles. Marcelo começou um eletrizante jogo de vaivém que a transtornou, tanto que no momento do orgasmo mordeu sem piedade o ombro do seu amante. Sem protestar, Marcelo virou a garota, deixando-a apoiada nos joelhos e nos antebraços, com o cabelo caindo e ocultando seu rosto, separou suas pernas, marcou o caminho com sua língua e sua saliva e devagar, sem medo, com muito desejo, sem piedade penetrou-a, arrancando gritos sufocados da boca feminina. Naquela posição animal, Marcelo usufruiu, abusou do corpo da prima, explodindo num gozo monumental, que assustou até os pequenos peixes que dormitavam no arroio. Com todo o carinho do mundo mostrou para Luana outra faceta do amor carnal.
Tendidos, ainda abraçados, ficaram quietos, desfrutando do relaxamento dos músculos, da agradável sensação do prazer satisfeito.
__ Eu também sonhei- falou Luana, arrancando Marcelo do morno sopor que o envolvia.
__ Com o quê?
__ Sonhei que estava neste mesmo sitio, numa tarde quente de verão e não podia dormir, Então saia da casa, passava por você, deitado debaixo de uma árvore e chegava até o arroio. Logo você vinha e me enchia de beijos, arrancava minha roupa, ignorando meus protestos. Sobre a lama, como um possuído, me violentava de todas as maneiras possíveis, usando meu corpo para seu prazer egoísta, tratando-me como se fosse uma prostituta qualquer. Acordei assustada, perdida na tórrida tarde. Levantei e caminhei até aqui, excitada, desejando que você me penetrasse, que me obrigasse a fazer as caricias mais proibidas e sujas, que me violentasse, que me fizesse sua escrava.
Terminou de falar, levantou-se e meteu-se na água fresca e cristalina.
Marcelo ficou pensando em toda aquela loucura de sonhos paralelos e compartidos, da realidade repetindo e aumentando os sonhos. Mas Luana estava nua e chamava-o com seu olhar. Entrou no arroio e ela mergulhou. Com um sorriso de satisfação, ele percebeu que a deliciosa boca de Luana, sob a água, apoderava-se delicadamente do seu sexo.

Carlos Higgie
chiggie@terra.com.br
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui