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Ensaios-->**O NAVIO FANTASMA, QUATRO -- 29/12/2002 - 18:28 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
**O NAVIO FANTASMA, QUATRO
-Coelho De Moraes-

Da forma dramático-musical, nascerão as ramificações das frases musicais temáticas, a ordem orgânica das cenas e a eliminação do detalhe supérfluo. Daí surgiu em Wagner um novo método de composição: a partir de um núcleo musical, o tecido temático musical se estende, de certa forma, como uma mancha de óleo, sobre o conjunto da obra, sem deixar lugar para nenhum “efeito”, pois só se usará técnica e conteúdo em harmonia.
No caso do NAVIO a estrutura do drama emana – essa é a palavra – da balada de Senta. Cada ação será motivada ou inspirada por essa canção
A abertura do NAVIO não é construída somente sob a forma de sonata, trabalhando-se essencialmente com dois temas tratados livremente - similar a uma Sinfonia Dramática.
Os temas trabalhados serão os da maldição e da redenção.
Além disso há o emprego do motivo conduto - o leitmotiv, especialmente encontrado na orquestral instrumental do segundo ato, que é um momento essencial da arquitetura musical. Os motivos traduzem sentimentos, mesmo que naquele momento eles não constem do texto e nem da ação, forçando a se lembrar daquele sentimento em momento variados da obra.
É a partir do NAVIO que a unidade da forma e o leitmotiv caracterizam o drama wagneriano: teremos aí duas novas funções musicais emergente; o desenvolvimento e o parentesco dos motivos musicais.
Eram processos que já existiam, mas, funcionavam como reprises ou reminiscências. Wagner diz que a história da ópera é, na verdade, a história da “melodia” na ópera.
A melodia dramática é colocada em um plano diferente: terá de ser a expressão adequada do assunto. Drama nas partes orquestrais e vocais. E a influência direta para Wagner é a nona de Beethoven onde se junta cantata, tocata, poesia e música de altíssima qualidade. A música poderá descrever tudo aquilo que o poeta não disse. A linha de demarcação é a melodia. Por isso vemos se desenvolver e sistematizar-se , em Wagner, uma técnica instrumental também inspirada em Gluck, onde a orquestra não é mais do que um simples meio de acompanhamento, mas passa a ocupar um lugar no centro da ação. Daí o assunto da “melodia infinita”. A continuidade do fluxo melódico, buscando uma unidade harmoniosa da impressão total.
A música começa e sem interrupções a platéia ficará embebida por ela e pela história até o final do ato, quando houver, três ou quatro horas depois.
No caso do NAVIO – idos de 1840 – ainda havia a possibilidade, como já se disse, das paradas em árias e canções, mas a semente da música infinita estava lançada e seria bem solidificada na saga do ANEL DOS NIBELUNGOS.
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