Vejo as ondas sobre o mar...
Uma atrás da outra, num continuismo sem fim...
Me perco neste movimento ritimado...
Como se por um mantra eu fosse carregado...
Interrompo a seqüência quando o telefone toca
Apenas ignoro seu alarde, arremessando-o para longe
Olho pelos arredores e me deparo com uma grande montanha de pedra
Há milênios ali, esperando para ser observada...
Quão ínfima é nossa estada nesta vida...
Um dia terei partido
Mas as ondas continuarão com seu ir e vir
E a montanha a esperar...
Pensamos que somos os senhores absolutos do planeta
Somos animais rebeldes que a tudo queremos mudar
Somente quando nosso frágil corpo padecer
Paz na natureza iremos encontrar...