Oh! Formas disformes que me tanto traz prazer...
Com seu recheio bom e animalesco...
Reservo-te dia-a-dia como alimento da dor.
Tu, tens espaço reservado em meu coração,
E é por ti que tenho adoração.
Croissant dos meus sonhos...
Dos meus desejos infundados.
Vem, vem e mata-me a fome croissant maldito...
Seu nu inocente me traz rancor e ódio.
Seu labirinto folhado, sem começo e sem fim.
Venha croissant, venha pra dentro de mim...
E morra, morra salgado estúpido miserável e incrédulo.
Todo meu suor gasto contigo...
Destruído internamente em sucos gástricos.
Tu que veio do pó, e ao pó voltaras...
Não tenha por mim a piedade que não terei contigo.
Esse escrúpulo que cheira a sangue putrefeito...
Aromatiza e assombra esse corpo desfigurado.
Sinta o sentimento presente em meu sentido...
Presencie e aprecie a solidão imunda na qual me deixaste.
Tu que saciaste-me-ia e foste embora.
Vá, vá para este abismo profundo, escuro e cego...
Para que não voltes nunca mais.