Usina de Letras
Usina de Letras
75 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62328 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22542)

Discursos (3239)

Ensaios - (10406)

Erótico (13576)

Frases (50707)

Humor (20053)

Infantil (5473)

Infanto Juvenil (4794)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140841)

Redação (3313)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Sexta-Feira -- 18/08/2000 - 07:55 (Maurício Cintrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Às vezes fico reclamando das pequenas coisinhas da vida, quando deveria estar feliz por superar mais um dia sem maiores problemas.

Hoje, por exemplo, é sexta-feira: Dia Nacional da Cerveja. Não sei qual foi o fabricante que estabeleceu essa data, mas o fato é que todo mundo toma uma cervejinha na sexta. Menos eu, é claro, que não bebo. Sou daqueles sujeitos que vai ao barzinho e passa a noite tomando um, dois, três, quase quatro refrigerantes.

Você vai dizer: caramba, deve encharcar!
É verdade, viro uma piscina ambulante, até porque refrigerante não faz o mesmo efeito da cervejinha.

Nem conto com a animação de ir e voltar do banheiro várias vezes ao longo da noite. Um amigo diz que ir ao banheiro numa cervejada de bar é como abrir um novo parágrafo na conversa.

Pior: tenho que aguentar as piadas de fim de noite. Quem inventou o álcool deveria ser um piadista infame. Bom, mas o assunto não é esse.

O assunto é sexta, dia de alegria, puxa vida! Aproxima-se o fim de semana.

Claro que há um certo desconforto desde que me deram um celular para trabalhar. O sábado e o domingo foram transformados em dias curiosos. Em geral pela madrugada, sempre toca alguém do trabalho. Fora isso, tudo bem. Quem tem o meu número de celular tem, também, mira incrível. Liga sempre quando não deve. Mas a vida em sociedade é assim mesmo e, tirando as ligações inoportunas, o fim de semana é bom.

Logo, logo vem o sábado e o domingo. As crianças têm algumas festinhas de aniversario para ir. Algumas delas são em horários diferentes. Eu vou ficar rodando daqui para lá no sábado e no domingo, mas não tem problema. O dinheiro anda curto, mesmo. Não vai ter para cobrir eventuais despesas com passeios, então, a criançada se diverte, eu não gasto e ainda fico descobrindo novos endereços de buffets infantis. Isso talvez venha a ser útil um dia.

Sexta-feira, ó, sexta-feira! Sexta, lá em casa, aliás é feira mesmo. Dia de feira na porta de casa. Há um certo inconveniente, como ter que deixar o carro ao relento, sob pena de ter que ir trabalhar de metró. Mas já foi pior. Morava em um prédio onde havia revezamento, a cada semestre, para pegar as vagas do fundo. Eram horríveis. Durante um semestre inteiro um grupo de seis infelizes condóminos engalfinhava-se para entrar e sair das vagas, porque todos atrapalhavam todos. O fato de ter uma vaga só para mim em quase todos os dias da semana já é um grande alento.

Sem contar que ter a feira na sexta em frente de casa representa comodidade. Afinal, tenho a barraca de peixes bem na porta, do outro lado da rua. É só passar pelas barracas de batata e cebola e comprar o que quiser: filés de linguado, postas de cação, quilos de camarão... Tá bom que fica lá um cheirinho meio desagradável, mas tudo bem. É o preço que se paga em nome da comunidade.

Ah, que bom. Hoje é sexta-feira.

Maurício Cintrão
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui