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Cronicas-->SOBRE AMOR XI -- 11/04/2007 - 10:43 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Flutuava, leve. Impossível foi meu coração não paralisar diante de tamanha beleza, e logo bater forte, eufórico, como que querendo sair do peito raso e de paixão explodir diante do mundo, diante de tamanha beleza que atordoa, que fascina. Meus olhos não suportavam olhar pra qualquer lugar que não fosse ela, ah, somente ela. E seu sorriso generoso mostrava-me em reunião todos seus dentes em forma e brilho de diamantes. O tempo paralisou, as pessoas lentamente se locomoviam pra lá e pra cá insensatamente, enquanto meus olhos fixos nos dela criavam imagens e jogava para dentro do meu peito infinitas imagens sublimes. Não queria nada além daquelas imagens que me impregnou a mente, todo meu ser, e meus lábios inertes tentavam esboçar palavras, mas apenas conseguia gaguejar frases desconexas, como que falando somente com a alma, não com a razão.
Sempre sou pego de surpresa pela paixão. Fui pego novamente. Nem sequer sabia seu nome. Só sabia e sentia que sentia demais, incontrolavelmente. Nessas horas não existe o tempo de escolhas, apenas o sentir dentro e fundo, apenas o sentir, sem razão, compreensão, avalanches de sentimentos que submergem naturalmente. E ela, assim tão perto e ao mesmo tempo tão distante, eu em meu mundo por hora inconsequente e ela no seu, não conhecido por mim, mas mesmo assim, vi no ar nossos mundos tão distintos se cruzarem num espaço invisível, e numa abstração metafísica senti-me pegar em sua mão e juntos irmos a lugares que não duravam mais que apenas um instante, porém inesquecíveis. E ela saia de perto, e eu disfarçava bem a saudade, mesmo que por poucos minutos quando meus olhos não se paralisavam nos seus, repleto de sentimentos diversos, lindos, incontroláveis. E logo voltava e fazia parte incontestável de meu mundo que no fundo se resumia a ela, e só a via, apenas a via, mesmo rodeado de centenas de pessoas, mas ali ninguém me chamava a atenção, porque todo meu querer se resumia aquela dama que parecia por hora tão sensível, por hora tão voraz. Avalanche que me dominou sem precisar de esforço, apenas sua presença me hipnotizava, me transportava a lugares mágicos, sempre de mãos dadas flutuávamos e transitávamos por lugares que raramente se vai, assim, só pelo fato de se querer ir.
Sua beleza me fascina, ilumina e ofusca o mundo que em grande parte do tempo nada mais é que uma somatória insensível de coisas. _Queria apenas dizer-te as palavras mais lindas, porque quando contigo, ali, apenas olhando-te me proporcionaste tudo que é de mais belo e humano que existe dentro de mim!

T.S.H.

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