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Cronicas-->SOBRE AMIZADE -- 26/09/2006 - 15:09 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não tinha que ter acabado. Devia ser eterno, mas não dá. Tinha de ser pelo menos muitas semanas, mas não foi possível. Maravilhosos momentos de plenitude, de amizade, companheirismo, de felicidade, de impulso inconsciente de vida, de amor, de quase tudo que é importante nesse mundo. Sentados bebendo cerveja, muita risada, muita cerveja, conversa fácil, despreocupada, submersa em filosofia desinteressada, mas profunda, e tudo naquele momento era de uma sublimidade leve, tranquila, necessária. Churrasco entre amigos, isso é necessário, e muita vezes, consciente ou inconscientemente nos perdemos em contas de supermercado, em adornos banais pra matéria do corpo, em vontades inúteis, num querer em demasia coisas inócuas, em shoppings, em eventos, em dinheiro, putaria corruptiva eleitoreira, TV, riqueza sem sentido, afinal de contas, quem não é ou quem não foi e será, um dia, repleto de banalidades e inutilidades mentais, de ação?
Tudo fluía sem força, o papo, as risadas, as conversas, as artes, todas, transfiguradas naqueles momentos. Amizade é isso, amizade é tudo. A esses meus amigos eternos, consolidados há anos, agradeço tão elevados momentos, tão simples, que transcende a compreensão física, só contempla a compreensão espiritual. Rubão, Rubinho, Chicão, Sara, Carla, Bruninho, Feijão e Tami, meus amigos, meus irmãos, pura explosão quando juntos, tentando mudar o mundo, despretensiosamente, despreocupadamente, mas também desesperadamente sem querer, demasiadamente "Vontade de Potência" formulada por Nietzsche, que é vontade de vida jocosa, leve, mas profunda, na dor, na felicidade, sem abrir mão de nada, apenas vivendo tudo com coragem. Ah, e conheço tanta gente sem um pingo de coragem que o melhor mesmo é sempre estar com quem tem, porque querendo ou não você pode se influenciar pelos covardes e terminar a vida, ou vivê-la somente atrás de dinheiro, casa própria, persianas, tapetes arraiolos e portão eletrónico. Queremos mais, além, sempre, eternamente coisas mais consistentes, mais necessárias, mais honrosas, sublimes, interessantes.
Quero com essa crónica louvar a amizade, que nada pede, nada obriga, apenas recebe sem querer as coisas mais profundas da vida. Encontramos-nos 2 vezes por ano, e parece que nos encontramos todos os dias quando de fato nos encontramos. A coisa é simples, fácil, sem medidas, plena, humilde, grandiosa. Tenho orgulho de poder vivenciar, mesmo que 2 ou 3 vezes por ano qualquer segundo que seja com esse tipo de gente, sensata, humana, que em nada possui quinas, não há esbarrões, simplesmente a coisa flui naturalmente. Homenagem aos meus grandes amigos, que só por existirem já me causa imensa e infinita satisfação. Não precisamos nos ver todos os dias pra sabermos disso, não mesmo, mas seria uma festa se assim o fosse.
Digo a vocês, obrigado por tudo, simplesmente, incondicionalmente. Até a próxima. Enquanto isso vou matando cachorro a grito e transitando com um sorriso no rosto com os robós inconscientes que andam por aí. Que o próximo encontro não tarde, porque tenho medo de mecanizar meu coração, apertando play todo dia de manhã e controlando minha vida com joystick analógico e ilógico na mão.

T.S.H.
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