Ando me tornando íntimo da violência...
Ontem minha irmã foi assaltada. Foi atacada por dois adolescentes, quase crianças ainda mas com as mentes já totalmente pervertidas pela promíscua convivência nas ruas com todo tipo de transgressão. Portadores de uma frieza e agressividade tais, a merecer o estatus de um personagem da Chicago dos anos 20.
Mas com minha irmã nada de muito grave, entretanto.
Apenas lhe arrancaram violentamente a bolsa e se perderam por entre carros e multidão. No entanto, sendo sua primeira experiência, a coisa a deixou extremamente assustada.
Procurei tranquiliza-la citando meus próprios exemplos, eu cá que já fui assaltado 5 vezes.
Disse-lhe que também me assustei na primeira vez mas hoje, graças à s experiências, desenvolvi mecanismos eficazes para lidar sem traumas com estas situações.
Mas consegui mesmo foi intranquiliza-la mais ainda ao dizer que ela também chegaria neste ponto.
Com olhos arregalados me censurou a idéia perguntando: E quem lhe disse que quero ser assaltada mais 4 vezes?
Percebi então que eu andava aceitando as violências das ruas contra mim.
Pior ainda, estava vendo nelas algum aprendizado, como se vantagem isto fosse. Isto é pura loucura!
Por isso, aproveitando a grande campanha de entrega de armas que varre nosso país, Penso em mandar produzir umas 100.000 pistolas daquele jocoso modelo que tem o cano apontando para trás e entrega-las também.
Entrega-las não para a polícia mas a cada assaltante desta terra, orando fervorosamente para que cada um deles a utilize, pelo menos, uma única vezinha. PAM! Tranquilizante