Usina de Letras
Usina de Letras
152 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62338 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22543)

Discursos (3239)

Ensaios - (10410)

Erótico (13576)

Frases (50723)

Humor (20055)

Infantil (5475)

Infanto Juvenil (4794)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140849)

Redação (3314)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6222)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Quero que você me aqueça neste inverno -- 09/09/2004 - 03:42 (José Roberto S Câmara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUER0 QUE VOCÊ ME AQUEÇA NESTE INVERNO


Ando congelando....
Tem feito um frio danado por aqui.
Ontem noite a coisa despencou para os 9 graus e com a brisa que sempre sopra aqui nestas montanhas ficou um horror!
Não deu pra ligar TV ou vídeo, ler, navegar, nada. Só deu pra se enfurnar sob mil cobertas. Foi o que fiz. Coloquei tanta roupa que inchei como um cavaleiro medieval. Por sobre mim um edredom, duas colchas e um cobertor Parahyba, daqueles do tempo da vovó, enormes, grossões e peludos.
Lá pelas tantas acordo com a sensação de que alguma coisa se movera sob a montanha de cobertas.
Meio dormindo ainda, acendo a luz e olho rápido: Tinha alguém sim, bem enroscadinho em torno de si mesmo e junto aos meus pés. Sabe quem? O Bunitinho.

Para quem não sabe, Bunitinho é um Hamster que comigo coabita livre aqui neste espaço. Dorme, desde que o dia clareia até 1 da madrugada seguinte, sobre uma enorme montanha que edificou atras da sapateira de parede, usando cascas de semente de girassol que lhe serviram de alimento. Só então vem à sua gaiola, sempre de porta aberta, para beber, comer e depois andar horas e horas a fio naquela rodinha, até o dia clarear de novo.

Levei-o até a sapateira, o deixei na entrada de sua toca e voltei resmungando e sonolento.
Nem atinei em imaginar como ele subira na cama.
Luz apagada, uns 5 minutos depois ouço um ruído típico do Bunitinho. Luz acesa, lá vinha ele em direção à minha cama com aquele andar meio errático, traseiro rebolante como um pato.
Deixei para ver e descobri que o danado estava usando o cobertor como sua rampa, que por largo demais terminava no chão. E para entrar por baixo usava o vão que se formava na lateral dos meus ombros.
Pensei em devolve-lo novamente, mas vendo aquele olhar vindo de uns olhinhos salientes, tão redondinhos, tão pretinhos, tão brilhantes e ainda me fitando como a pedir por piedade, amoleci.
Fomos dormir juntos.
No escuro, com os olhos fechados, só pedi a Deus que eu não rolasse muito durante o sono e ele - que não tem fêmea - não tivesse episódios de poluição noturna. E nem vontade de fazer xixi.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui