Aproveitando as férias escolares, fomos passar uma semana na praia da Barra do Itapemirim - ES. Éramos 10 pessoas: 4 adultos e 6 crianças. Cidade sossegada, povo tranquilo e muito sol (que bom!). E era rotineira nossa programação: de manhã praia e, depois do banho, aquele almoço gostoso - comida caseira - no restaurante do Celsinho. À tarde, a soneca não podia faltar e, Ã noite, íamos com as crianças para a praça central da cidade onde a meninada escolhia os dois sabores de sorvete a que cada um tinha direito. O Cássio, com seus 4 aninhos, assim que acabava de chupar o sorvete, subia numa caixa de cimento (do registro da água)que havia no centro da pracinha e cantava, soltando a voz no último volume e sem o menor acanhamento, a música do Roberto Carlos: "Eu quero ter um milhão de amigos..."
Certa vez, nosso dia foi diferente. Era domingo e fomos comer uma peixada no Restaurante "Meu Barquinho" que também ficava na Praça. Todos saboreavam a comida menos o Cássio que sempre detestou peixe. E não tendo o que fazer, ficou brincando ali por perto, hora debaixo da mesa, hora correndo no restaurante. De repente, demos falta dele. Olhamos ao redor e não o encontramos. Procuramos na praça e nada. Aí, então, acabou nosso almoço. Fomos até Ã praia, rodamos a cidade e nenhuma pista dele. E foi aquele sofrimento.
De repente, vejo uma senhora que segurava a mão de uma criança, e que acabara de virar a esquina de uma rua bem distante. Foi questão de segundos, mas mãe conhece seu filho estando de frente, de costas, longe, perto, de todo jeito. De carro, chegamos rapidinho e bem a tempo. A boa senhora, vendo aquele menino perdido, deu-lhe a mão e ia levando-o para um estádio onde ela pensou estar o pai dele, assistindo ao futebol. E aí seria bem mais demorado para encontrá-lo. Graças a Deus! Depois de crescido, ele contou-nos que seguira um cachorrinho e depois cadê o caminho de volta?
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