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Cordel-->A triste estória de Maria Cecília e Alfeu -- 17/09/2004 - 14:34 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A triste estória de Maria Cecília e Alfeu

Autor: Daniel Fiúza.
17/09/2004

01

Antonio Pedro Galdino
O marido de Iracema,
Pai d’uma filha donzela
Linda como no cinema
Fazendeiro importante
Dono de terra abundante
vivia feliz sem problema.

02

Na fazenda Seriema
morava com sua família
Galdino tinha um xodó
Chamado Maria Cecília
Menina na flor da idade
Mantendo sua virgindade,
Do casal a única filha.

03

No comecinho da trilha
Com quinze anos estava
Uma flor desabrochando
pro amor quela sonhava
queria príncipe encantado
No seu cavalo montado
como nos contos narrava.

04

Distraída meditava
quando um moço apareceu
Parou naquela fazenda
Dizendo que se perdeu
Montado num alazão
Era jovem e bonitão
Cujo nome era Alfeu.

05

Dizendo que procedeu
Da fazenda do vizinho
distante algumas léguas
Tinha errado o caminho
Só queria descansar
Dormir e se alimentar
Depois voltava sozinho.

06

Galdino tomava um vinho
Mandou Alfeu apear
Dando-lhe boas vindas
E pedindo pra sentar
Apresentou-se ao moço
Mandou servi-lhe almoço
Para ele se alimentar.

07

Depois da fome matar
Na rede ele se deitou
Cansado ferrou no sono
Cecília se aproximou
ficando logo encantada
Sorrindo e apaixonada
Naquela hora gamou.

08

Cansado só despertou
no raiar do novo dia
Após tomar seu café
De todos se despedia
Cecília fez um convite
o moço não lhe resiste
e aceitou a companhia.

09

Numa semana de alegria
Andaram pra todo lado
Alceu tirou umas fotos
já como seu namorado
Os pais queriam o namoro,
Mas achava um desaforo
o casal sempre atracado.

10

Foi embora chateado
Falando que ia voltar
Resolveria um assunto
Para depois retornar
Jurando muita paixão
Voltaria pro sertão
Para depois se casar.

11

Alfeu esqueceu por lá
Mochila e um documento
Cecília logo encontrou
Certidão de casamento
ele era homem casado
Um grande cara safado
Pessoa sem sentimento.

12

Um mês após o evento
Cecília vivia chorando
A mãe já desconfiada
Chamou e foi perguntado
O que tinha acontecido
Se Alfeu tinha bulido
No quela tava pensando.

13

Para mãe foi confessando
bastante envergonhada
Entregou-se para Alfeu
Porque tava apaixonada
perdeu sua virgindade
querendo a felicidade,
mas foi por ele enganada.

14

A menina magoada
Com toda sua timidez
Disse que sentiu enjôo
Não era a primeira vez
Agora vivia com fome
Essa coisa tinha nome
Chamava-se gravidez.

15

O que Iracema fez
foi contar pro marido
O caso era complicado
Não podia ser escondido
Algo tinha que ser feito
Seu esposo era direito
Mas ia ficar ofendido.

16

Quando soube do ocorrido
Galdino se transformou
Botou fogo pela venta
e quase que enfartou
O Alfeu Jurou matar,
Mas sem suas mãos sujar
para um bandido apelou.

17

Pra sua família falou
Mulher nunca é desonrada
se Alfeu não pode casar
A filha será vingada
Contratou um matador
Pra matar o comedor
Trazendo a orelha empalhada.

18

Galdino fez uma chamada
Pros lados de Limoeiro
tinha um com ôi de gato
que’ra o melhor pistoleiro
Depois d’um homem jurar
com certeza ia matar
Era só lhe dá dinheiro.

19

Cabra de tiro certeiro
chamado de Zé Preá
Perguntou pro facínora
Quanto queria ganhar
Para acabar c’um safado
Queria o preço acertado
tinha grana pra adiantar.

20

Após o dim-dim pegar
Uma foto dele queria
precisava bem gravar
Aquela fotografia
com um só tiro matava
Depois a orelha cortava
E empalhada trazia.

21

Iracema lembrou o dia
quando o filme ele esqueceu
Logo mandou revelar
E rosto apareceu
Vinte fotos escolhidas
Para o matador cedidas
As melhores do Alceu.

22

As fotos Zé recebeu
E pro Galdino falou
Vou matar todos eles
E em seguida jurou
Galdino não entendeu
só tinha fotos do Alceu
E mesmo assim se calou.

23

Zé no cavalo montou
Nera homem de conversa
logo sumiu na estrada
Sem nada que lhe impeça
Antes falou pra Galdino
Só volto quando termino
Eu só trabalho sem pressa.

24

Sem cumprir sua promessa
e nada do Zé Preá
Galdino estava ansioso
Mas tinha que esperar
O homem era competente
Deixava o freguês contente
Não costumava falhar.

25

Cecília a engordar
c’a barriga aparecendo
Em estado adiantado
Continuava crescendo
Zé preá não aparecia
Galdino numa agonia
Ficava ali remoendo.

26

Iracema lhe dizendo
Pedindo sua paciência
dizia quele voltava
pois tinha eficiência
Alfeu devia tá morto
Pra nunca mais dá desgosto
Zé Preá tem experiência.

27

Um amigo da intendência
Ao Galdino relatou
Noticias do Zé Preá
que por acaso encontrou
com o bandido voltando
em breve tava chegando
E muitos cabras matou.

28

Quando Zé preá chegou
Tinha até uma recepção
O matador entregou
falando da sua ação
Todos os vinte matei
Por isso que demorei
Mas completei a missão.

29

Causando admiração
Vinte orelhas entregou
Galdino agora entendeu
Cada um quele matou
cada morto parecido
Com o Alceu confundido
Nessa o Preá se enganou

30

Quando Galdino explicou
Zé Preá enlouqueceu
Por dezenove matar
parecidos com o Alceu
Agindo como demente
Por ter matado inocente
No fato que sucedeu.

31

Quando tudo esclareceu
O Zé preá se matou
Galdino virou romeiro
E sua mulher se mandou
Cecília vive sozinha
Na zona como galinha
quanto ao seu filho, abortou.

32

triste estória de horror
Do Alfeu, Cecília e o seus,
De Zé preá o bandido
Castigo presses ateus
provando que a vingança
não traz nenhuma esperança,
pois o perdão é de Deus.



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