Usina de Letras
Usina de Letras
134 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62326 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22542)

Discursos (3239)

Ensaios - (10406)

Erótico (13576)

Frases (50707)

Humor (20051)

Infantil (5473)

Infanto Juvenil (4793)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140841)

Redação (3313)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Na mesma montanha gelada..... -- 17/05/2003 - 01:04 (mestre Egídio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A víbora enregelada e o Monge.

Na mesma terra gelada
Onde triste se fudeu,
O pardal do Daniel
Pois o YAQUE o socorreu,
Com uma cagada quente,
mas a raposa, inclemente
Tirou da merda, e o comeu.

nesta montanha se deu
Outro caso interessante,
Que modificou a sina
De um monge itinerante,
Que nas montanhas vagava,
Jejuava e meditava
Numa vida extenuante.

Ficou muito radiante
Pois uma cobra encontrou
Quase dura e congelada,
Mas em breve constatou
Que a miserável vivia,
E assim, cheio de alegria,
A recolhendo, levou.

Em um pano a enrolou,
E como a noite já vinha,
Seguiu a passo estugado
A uma caverna vizinha
Onde sempre se abrigava
E seguro pernoitava
Se praqueles lado vinha.

Se escuridão se avizinha,
Cai logo a temperatura,
Mas o monge precavido,
Em um recanto procura
Lenha que ali guardara
Quando outra vez passara,
Para precisão futura.

Então a caverna escura
Aos poucos se iluminou,
E aquecendo o ambiente
Aos poucos o frio abrandou,
E assim ao cansado Monge
Que viera de tão longe.
Um forte sono tomou.

Antes porém colocou
A cobra que recolhera
Junto ao fogo, agasalhada,
Mas a víbora traiçoeira
Recuperando a ação
Pica o monge na mão
Que piedosa a acolhera

Ao surgir a luz primeira
Do clarão da madrugada,
Na entrada da caverna
A cobra já recuperada,
Sai pra manhã reluzente,
E desliza rapidamente
Pela montanha gelada.

Junto à fogueira apagada
Que o frio já domina
Jaz o corpo congelado
De quem teve a triste sina
De cheio de piedade
Socorrer uma entidade
Má, peçonhenta e ferina.

Esta estorieta ensina,
Que só com sabedoria
Deve-se ser caridoso,
Porque por simples euforia,
Pode gerar grande mal,
Pois com tão triste final
Nenhum santo sonharia.

Mestre Egídio






Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui