Na cidade do Rio de Janeiro
Os Morros são independentes
São feudos de delinqüentes
Onde o crime manda primeiro
Com seu comando verdadeiro
Faz as leis e os julgamentos
Agem livres sem discernimentos
Desafiam todas as autoridades
Seguindo livres nas impunidades
Das leis reais se acham isentos.
O crime organizado tem poder
Manda fechar comércio e escola
Faz feriado quando dá na bola
Ninguém se atreve a desobedecer
Quem se atreve pode até morrer
É um estado de extremo terrorismo
O povo obrigado segue o catecismo
Onde contém as leis dos traficantes
Na barbárie desses frios meliantes
A população caminha pro abismo.
Tem um exército a sua disposição
Com armas melhores que a polícia
Agem impunemente na malícia
E grande aparato de comunicação
Ficam tranqüilos com essa proteção
Se molestados o povo logo sente
Queimam ônibus esse indecentes
Deixando as pessoas sem transporte
Ficam a pé, entregue a própria sorte
E o governo nada faz atualmente.
Seus lideres comandam da prisão
Dão as ordens pelo fone celular
Para matar, roubar e seqüestrar
Fazem isso sem nenhuma punição
Deixando chocada toda a nação
E o crime continua novamente
Assaltando, e matando livremente
Por esse poder tão forte paralelo
O sorriso da polícia fica amarelo
Por não dá uma resposta eficiente.
Estamos numa guerra desigual
Onde os bandidos estão vencendo
Cada dia mais eles vão crescendo
A situação se torna fora do normal
Deixando assustado todo o pessoal
Onde seu lar se torna uma prisão
O povo preso no lugar do ladrão
No Rio ninguém tem tranqüilidade
Existe outra cidade na cidade
Com um poder maior de decisão.
