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Cordel-->O matador dos olhos engatinhados. -- 22/04/2002 - 18:15 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O matador dos olhos engatinhados.

Autor: Daniel Fiuza
22/04/2002

Eu sou feito do puro aço
Tenho pouca paciência
Eu arrebento e amasso
Sem nenhuma consciência
Em qualquer ato que faço
Faço tudo sem clemência.

Minha lei é minha peixeira
Eu ponho o fato pra fora
Se vier me falar besteira
E coisa ruim fora de hora
Sou nervoso a vida inteira
É muito melhor ir embora.

Eu até uso um revolver
Mas é só para derrubar
Bala pra mim não resolve
A faca é que vai matar
Se o cabra de medo corre
Eu atiro e vou buscar.

Eu não provoco ninguém
Não quero ser provocado
Se bater boca com alguém
Prefiro ficar bem calado
Deixando o defunto, porem
Na calcado ali deitado.

Eu só mato por dinheiro
Ou se for na minha defesa
Eu sempre ataco primeiro
Na manha e na esperteza
Sou matador por inteiro
Eu só mato na certeza.

Eu não gosto de maldade
Não deixo o cabra sofrer
Eu mato com qualidade
E aviso porque vai morrer
Faço sem perversidade
Sem nunca me arrepender.

Sou um tipo louro sarará
Olhos da cor de gasolina
Sou baixo que nem preá
A compleição é franzina
Sou nascido em Propriá
Matar foi a minha sina.

Pequeno, mas muito macho
Não tenho medo de nada
Esse fato d’eu ser baixo
Não me faz perder a parada
Ninguém baixa meu facho
Sou como cobra enrolada.

Meu ídolo foi lampião
O meu santo foi um romeiro
Aprendi lá no sertão
Com lampião e conselheiro
Que a vida não vale um tostão
Se você não tem dinheiro.

Um dia vou encontrar
Com um cabra bem valente
Que vai tentar me matar
Se morrer, morro contente
Por mim ninguém vai chorar
Não vou ficar pra semente.








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