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Cordel-->Auto didata -- 19/01/2002 - 15:05 (Marcodiaurélio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




AUTODIDATA



Sou apenas um poeta
de letras ajuntador
não completei a escola
me ocupei trabalhador
mas não sou ignorante
de leitura interessante
nisso sim me fiz doutor.

Um doutor de entender
da vida sua grandeza
do mundo e seus confins
do belo a realeza
da rosa em seu carmim
da pureza de um jardim
ultrapassando a beleza.

Um doutor de entender
que a vida pura e bela
é um céu azul e branco
é um sitio sem cancela
uma canção entoada
uma vida derramada
e a gente em cima dela.

Um doutor de entender
que tudo que vai tem volta
de um bicho que se prende
de outro que assim se solta
no ciclo da inspiração
em sua respiração
que no mundo não se esgota.

De entender que o destino
parece querendo ser
uma coisa já traçada
aquilo que tem que haver
pois não existe uma praça
o seu ar a sua graça
se não houver um querer.

Portanto sei entender
que a vida que aqui se tem
o tudo que aqui se faz
se projeta muito além
não vivemos numa estrada
como rota já traçada
a vida não é um trem.

É preciso se buscar
no meio do existir
em tudo que se pensar
no chorar ou no sorrir
que a vida é qual o vento
que povoa o firmamento
eternamente a fluir.

Toda cosmologia
tenta mas não explica
o teor de tudo ser
enfeita e até complica
a razão do seu querer
procurando conhecer
o tudo que multiplica.

Como toda vida é
um conjunto de ilusão
construída ela está
pelo pó em suspensão
e a cada sopro vai
se levanta e depois cai
em nova combinação.

Nada há de repetir-se
pois o cosmo inteiro cria
nele tudo que se forja
não se vê a revelia
pois a tudo que conforma
inda cedo ou tarde volta
sendo quente ou sendo fria.

Somos da evolução
um ponto inconseqüente
um ocorrer qual conforme
um solitário acidente
um ponto solto e volátil
na grande bolsa pulsátil
com o nascer e o poente.

Se respira se inspira
e da terra se imagina
o tudo que se alcança
tanto abaixo como acima
o começo que explode
é o final que implode
é o cosmo que ensina.

Vou tentar por terminar
o que nunca se termina
pois o que se pode ver
é apenas bruma fina
da dita cosmologia
a pura cosmogonia
se mostra como menina.

Não sou eu, não estive aqui
este cordel não existe
diria com singeleza
que o cérebro inda persiste
no querer que a natureza
se mostre como beleza
naquilo que inexiste.


__________________________
LITERATURA DE CORDEL
Por Marco di Aurélio
João Pessoa – Paraíba – Brasil
Julho de 2001.





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