Um operario disprendido
Ao exercer sua funçao
Quer um maior salario
E explica ao patrao
Trabalha na profundeza
Sempre na maior dureza
Fazendo sempre serao
Para tanto justifica
Que de cabeça mergulha
Seja dia ou seja noite
Nem sempre encontra frouxura
Nunca tem folga na sexta
Nao recebe hora extra
Tem vida pra la de dura
No local de sua lida
Nao ha ventilaçao
Opera em area de atrito
Com boa lubrificaçao
Seja claro ou escuro
Tem que viver sempre duro
E provocar emoçao
Seu trabalho é muito árduo
Carece de iluminação
O local e sempre umido
E exige repetição
E um entra entra, e sai sai
E cada vez se quer mais
Ate chegar a exaustão
A Direção da empresa
Depois de estudar o pedido
Faz a sua explanação
E sem fazer alarido
Logo a ele repondeu
Nao merece ou mereceu
Nada do aqui pretendido
Nao cumpres bem o horário
E dorme no expediente
Entre uma e outra funçáo
Nao és muito prevideente
Recclamas o trabalho na estiva
Nao tomas iniciativa
Precisa de um empurrão
No final de cada turno
Nao limpa o local de trabalho
Fica mole e cabisbaixo
As vezes procuras atalho
E fica choramingando
Sai do trabalho pingando
Sujando até o assoalho
Nao segues as regras da CIPA
Desprezando proteção
Esquece da segurança
Exige sempre atenção
Pensa que e perfeito
Nao faz o trabalho direito
E ainda quer afeição
Vai se aposentar
Antes do que rege a lei
E vive a reclamar
De tudo, porque eu nao sei
Faz tudo com muita pressa
Nem sempre termina a tarefa
Nao sei poque o empreguei
Mais o motivo maior
De se negar o seu pleito
E que voce entra e sai
E isso e um grande defeito
Pra segurança embaralho
Pois você no seu trabalho
Conduz um saco suspeito