Um sonho chegou em uma noite de luar. Um sonho acordado, contemplando o céu estrelado.
As núvens passam tomando formas, ventos apagam...Formando formas imaginárias. Um sonho no sentir, um sonho de amor, um sonho de amizade, um sonho de um real do passado.
Oi, Como vai você? Um encontro. abraços, beijos...
E esse oi nos leva a uma história vivida e mexida. Uma história ardente de uma paixão vibrante.
Um encontro marcado, sem atraso. Uma mesa posta, um copo de vinho. Pratos não tocados. Olhos nos olhos. mãos nas mãos. Palavras! para quê?
Os olhos brilham.
Um brinde de amor e o pulsar dos corações.
Enfim palavras: como é bom te rever, como é bom poder te sentir, como pude te desejar, como quero te amar!...
Sábias palavras de um sentir ardente...
Sonho irreal. Sonhos.
Formas, núvens desenhadas, formadas numa contemplação de um céu iluminado.
Escute! Deixe o teu coração aberto, deixe o teu sangue correr e aquecer o teu corpo e, pulsar o desejo de amar e viver.
...O silêncio toma conta do momento e pousa na pauta do amor.
O último brinde, pois o vinho acabou. O prato não tocado, pois tudo foi uma digestão de amor.
"A conta, por favor!"
A conta surge numa cumplicidade de amor, pois o vinho acabou.
Aquele abraço, aquele olhar e o momento chegou.
Brincar com a noite como uma criança que dança e sorrir. Travessuras.
Andando pelas ruas, cantando a alegria de um céu iluminado, de uma núvem que passa, de um sonho imaginário.
O vinho acabou.
Parados, juntos numa carícia de amor, um olhar cúmplice.
Promessas cumpridas, promessas passadas...
O universo aplaude, a chuva que cai.
Eu e você iluminados, molhados.
...E a núvem passou.
Em: Rio de Janeiro, ano 1996. |